BIO
Rui Grácio licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Lisboa e frequentou cursos de ciências pedagógicas nas Universidades de Lisboa e de Coimbra. Terminados os estudos, foi contratado como professor do Lycée Français Charles Lepierre, de Lisboa, funções que exerceu entre 1947 e 1972. Paralelamente, a partir de 1963 desenvolveu investigação científica sob a égide da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição onde dirigiu o departamento de pedagogia do Centro de Investigação Pedagógica.
Naquele centro, realizou, orientou e coordenou estudos nos campos da história da educação e do ensino em Portugal e de diversas outras áreas das ciências da educação. Sob a sua orientação, o Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian tornou-se um importante pólo de investigação pedagógica, organizando conferências, colóquios e seminários que trouxeram a Portugal conhecidos investigadores e especialistas em educação. Nessas mesmas funções, manteve um activo serviço de extensão cultural, o qual promovia acções de formação destinadas a docentes, algo ao tempo considerado inovador.
Após a Revolução dos Cravos de Abril de 1974 exerceu durante alguns meses funções governativas, como Secretário de Estado da Orientação Pedagógica no III Governo Provisório, presidido por Vasco Gonçalves, que tomou posse em 30 de Setembro de 1974 e terminou o mandato em 26 de Março de 1975. Nesse período de governação operacionalizou políticas inovadoras, entre as quais a reforma da orientação dos estágios pedagógicos, a gestão colegial das escolas e a criação de área curricular de educação cívica.
Fou um dos fundadores do Partido Socialista.
Encontra-se colaboração da sua autoria no número 18, Maio de 1946, da revista Mundo Literário 4 (1946-1948).
A 5 de Dezembro de 1991 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública e a 8 de Novembro de 2001 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
